domingo, 22 de março de 2020

A estupidez do fundamentalismo!

Se no "post" anterior forem ao link do "La Bohème" vão ver imagens da Montmartre que conheci na adolescência. La Place du Tertre , as videiras que o Daniel me quis mostrar, Le Lapin Agile onde se sentia Piaf, Au Clairon Des Chasseurs onde dois fulanos com as suas Gibsons interpretavam Django Reinhardt.
Éramos livres e ninguém nos chateava!

Hoje aqui fechado em Ovar e ao ver a falta de lógica de algumas decisões, não posso deixar de achar que muitas das limitações que nos impõem são inúteis e roçam a estupidez!

Ora bem, se eu for a um hipermercado, encontro uma peixaria aberta, um talho à disposição e mesmo estando num espaço amplo, não posso deixar de tocar nas coisas que os outros tocaram! Porque razão não posso ir comprar esse peixe, ou essa carne, ao mercado municipal se, todos respeitarem as mesmas regras? Não seria preferível comprar os legumes directamente ao agricultor, ao ar livre, longe de carrinhos de compras e empregados mascarados e estar apenas mediante uma ou duas pessoas, com o vento a limpar o ambiente e o sol a abençoar quem até lá passeia?!

Porque razão os agricultores portugueses não estão a ser protegidos nesta crise virulenta, é que parece-me muito menos perigoso recorrer a eles, do que aos grandes grupos económicos! De casa, a pé, posso ter acesso a tudo, sem me expôr a nada, só tenho que levar a máscara e manter a distância recomendável! É verdadeiramente estúpido o que lhes estão a fazer!

Outra coisa ridícula é as pessoas não poderem passear na praia, nas marginais ou nos parques! Na praia consigo andar longe de qualquer outro mortal, o mesmo acontece nos jardins, nas marginais, no campo, etc, etc. É idiota proibir alguém que vive a 500 metros da praia, de andar à vontade pelos areais. Devem estar malucos ou senis! Pode-se andar de metro, de comboio, de autocarro, em que ficamos a um metro do outro passageiro e às vezes até menos, mas não se pode andar na marginal da Póvoa, ou nas praias da linha de Estoril, em que nos podemos manter afastados de todos, com segurança e apreciar o Sol e o Vento.

Também eu concordo com o "fique em casa" e acho que essa é a decisão mais acertada! Não saio para ir ao Furadouro, mas caramba, se eu vivesse no Furadouro garanto-vos que não deixaria de dar o meu passeio até à praia!

O Daniel em Paris, durante muitos anos conduzia com a frase colada no vidro traseiro "não uso o cinto porque isso salvou-me a vida" e borrifava-se para as multas, porque era verdade. Eu talvez comece a passear nos jardins e nas praias portuguesas com esta frase "passeio nas praias e nos parques, porque o Codiv-19 não gosta de espaços arejados e saudáveis"!

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