segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Finalmente recebi a 4ª edição!

Finalmente recebi o livro, pude desfolhá-lo e ... gostei!!

Os desenhos estão mais pequenos, mas mais nítidos e gostei sobretudo da inclusão dos comentários.

Sinceramente sinto-me orgulhoso, é que já passaram 4 anos desde a data em que o escrevi!

Como não podia deixar de ser, tem uma gralha, no verso da primeira folha fala em 1ª Edição, quando a própria capa chama a atenção para o facto de se tratar da 4ª edição!!



terça-feira, 24 de dezembro de 2013


Feliz Natal
 
e
 
Próspero Ano Novo
 
Com MUITA SAÚDE!
 
Que ano louco, que ritmo este, que stresse, mas que a vida continue assim e que daqui a um ano estejamos todos bem e continuemos por cá!
 
Grande abraço geral da família Martins!
 

sábado, 7 de dezembro de 2013

10º Aniversário

Dez aninhos!! Como o tempo passa!!

Fantástico estarmos aqui e estarmos juntos. O Alex está impecável e aqui vão duas fotos do momento!


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

4ª edição = Como começa!


Prefácio
Por Dr. Emanuel Furtado
Responsável pelo Programa de Transplantação
Hepático Pediátrico nos H.U.C.

Lutar até Viver é o testemunho impressionante do percurso de luta pela vida, de uma criança, desde tenra idade, gravemente doente. É o relato das venturas e desventuras de quem passa meses no ambiente hospitalar, acompanhando um filho com doença hepática terminal, com notável expressão simultaneamente da realidade factual e do turbilhão de sentimentos e pensamentos que a acompanham. A leitura do texto coloca-nos dentro da história e faz-nos sentir sucessivamente, o embate do diagnóstico e a percepção do gradual, mas rápido, agravamento da doença; a brutalidade e risco da única opção terapêutica e a agonia da espera por um órgão;  a complexidade da decisão de doar parte do próprio fígado em vida e a surpresa de afinal não ser necessário fazê-lo; a paragem do tempo no dia do transplante e a estranha alegria que acompanha o regresso do bloco operatório, de uma criança escondida no meio da parafernália de instrumentação; a alegria do primeiro passeio no jardim do hospital e a da alta hospitalar; a angústia que rodeia qualquer intercorrência e a repulsa que causa qualquer perspectiva de novo internamento; as modificações comportamentais que condicionam todos estes acontecimentos na vida familiar e os receios pelo futuro;
É também uma reflexão breve e prática sobre aspectos que importam à sociedade – doação de órgãos após a morte e em vida, política de afectação de recursos à saúde, problemática da negação de seguros a doentes crónicos ainda que com excelente esperança de vida – na perspectiva de um pai com formação jurídica e envolvido na actividade seguradora;
Admiravelmente enriquecido pelos textos, plenos de sentimento, da mãe, e pelas gravuras das irmãs,  Inês e Patrícia.
De leitura fácil, convirá, seguramente, a outros pais que, por infortúnio da Natureza, hajam de passar por similar provação, contribuindo para o seu esclarecimento e preparação, mantendo sempre a esperança, dado o seu tom permanentemente positivista.
Aos profissionais de saúde fornece a perspectiva de quem está “do outro lado”, conhecimento  imprescindível na procura da melhoria dos cuidados que prestamos aos nossos pacientes.
Não sei se um agradecimento se enquadra formalmente num “prefácio” mas não resisto a agradecer – e estou certo que a mim se juntam muitos dos profissionais que cuidaram do Vitinho, nas várias instituições por que passou – a recompensa que nos ofereceu ao escrever:
“Quando o vemos no meio das brincadeiras com os outros miúdos, o mais fantástico é que o Vitinho é efectivamente uma criança que não se distingue das outras. Corre, joga futebol, grita, é traquina e ninguém consegue perceber pelo que passou.”
                                                            Coimbra, 08 de Outubro de 2009
                                                            Emanuel Furtado

Nota preliminar

Todas as pessoas aparecem citadas pelos seus verdadeiros nomes. Ainda assim, tentarei preservar alguma discrição e por isso, com duas ou três excepções, irei omitir os seus apelidos. Obviamente que quem ler o livro e conhecer os ambientes em questão, perceberá de imediato quem são as pessoas citadas. Espero que as mesmas não me levem a mal por isso e a todas elas o meu sincero agradecimento por terem tornado tudo possível.

…//…
 
Em 2004 ‘o mundo’ da transplantação hepática era-nos completamente desconhecido.
Entrámos neste meio por causa do transplante hepático do nosso filho e ficámos a conhecer uma vertente da medicina muito nobre e desconhecida da sociedade em geral.
Entretanto, ao longo dos meses fomo-nos apercebendo das virtudes, das insuficiências e de algumas particularidades.
Recentemente, o programa de Transplantação Hepático Pediátrico (TRH) passou por algumas dificuldades que poderiam ter custado a sua continuidade em Coimbra e em Portugal, pois apenas em Coimbra se fazem transplantes hepáticos pediátricos. Hoje, graças à HEPATURIX muita coisa tornou-se pública através dos jornais, das rádios e das televisões. Tudo isto mostrou ao país uma realidade desconhecida de todos, mesmo de alguma classe médica!
A HEPATURIX é uma associação de jovens transplantados e com doenças hepáticas crónicas e nós, os pais que a fundámos, tivemos um papel determinante na defesa da “Escola de Coimbra” criada há 15 anos pelo Sr. Prof. Alexandre Linhares Furtado e hoje liderada pelo seu filho o Dr. Emanuel Furtado!
Felizmente que o Dr. Emanuel Furtado manteve-se connosco e à frente do programa TRH. Hoje, passados mais de dois anos e meio sobre essa “crise”, continuamos com algumas preocupações, mas pelo menos o programa funciona!
Assim têm-se salvo algumas vidas “pequeninas”, porque nem todos os casos teriam resposta no estrangeiro, como aliás se verificou nessa altura com o envio de uma criança para Madrid e que acabou por ser transplantada em Portugal.
Como entretanto a transplantação hepática deixou de ser notícia pelas “piores” razões, apercebi-me que o assunto tem tido tendência a esbater-se. Ao poder político e a quem decide, espero que o livro sirva pelo menos para relembrar que é necessário investir na formação de mais cirurgiões!
Espero também que este seja um testemunho útil para todos aqueles que tenham a infelicidade de passar por um processo idêntico! Aos outros, ficará apenas a história…
A nós tinha-nos feito muito bem se tivéssemos acedido a um testemunho deste género na altura certa! Por imperativo moral supri agora essa falta, era o mínimo que poderia fazer, só espero tê-lo conseguido com a qualidade mínima desejável!
O diminutivo Vitinho foi o nome que os médicos e enfermeiros “baptizaram” o nosso filho e por isso é esse o nome utilizado neste livro, embora para ele o nome soe um pouco a estranho….
Vitor Raimundo Martins

Nota à quarta edição:

O Vitor Alexandre já fez 9 anos ... e 9 anos e 3 meses de transplante! Nunca nos referimos à idade de uma pessoa contando os meses, mas no caso dos transplantados é usual essa prática! O Vitinho é uma criança saudável, alegre e acabou de passar para o 5º ano.
Posteriormente ao referido na "nota preliminar" muitas coisas aconteceram! A legislação em Portugal mudou, ampliando o leque dos dadores e no blog do livro http://lutarateviver.blogspot.pt/ acompanhei os diversos dramas vividos quando o Dr. Emanuel Furtado saiu para o Instituto de Oncologia de Coimbra e o programa de transplantação hepático ficou suspenso.  Algumas crianças tiveram de ser enviadas para Madrid e tudo se complicou! Fomos assaltados por medos, terrores, fantasmas e nunca mais me esquecerei dos telefonemas das Mães que estavam em Madrid, do desespero e especialmente de uma menina cujo drama vivi muito de perto e em que tudo se perdeu! 
Desde o seu lançamento este meu livro provocou muitos comentários simpáticos e por isso irei partilhar alguns deles! Chamo a V/ atenção para o testemunho de uma Mãe do outro lado do Atlântico a quem tive a honra de dar "aquele abraço" a Prof.ª Luciane Canha, cuja filha a Madu foi transplantada com sucesso e sobreviveu a um processo muito dramático!
Concluo esclarecendo algo que me perguntaram muitas vezes, a maioria dos desenhos da Inês foram feitos quando ela tinha apenas 13 anos. Hoje a Inês é estudante de "arte e design" e teve uma evolução admirável!

Vitor Raimundo Martins
Ovar, Outubro de 2013

Um comentário especial que me chegou do Brasil
Um dia recebi um mail de uma Mãe de Santa Maria, Rio Grande do Sul, a Luciane que me pretendia comprar um livro directamente, pois não o conseguia comprar pela Net por estar sempre esgotado!!  Entretanto trocámos alguns mails, mas a sua filha a Madu ia piorando cada vez mais e a situação começou a ficar desesperante! Um dia a Luciane enviou-me este comentário:
"Muito obrigada por suas palavras. Confesso que já considero um milagre ter encontrado o seu blog na internet, pois a história do seu filho é o que está me dando forças para lutar e não desistir. Fiquem com Deus. Até mais."
Logo percebi que era urgente fazer chegar o "Lutar até Viver"  à Luciane, mas uma arreliadora greve dos correios estava a atrasar essa entrega! Era nessa altura que o livro era preciso e se o Blog já estava a ajudar a Luciane, então muito mais importante seria a contribuição do livro! Mais tarde recebi um mail desesperado e coloquei no meu Blog o pedido para todos rezarmos pela Madu porque sabia que as coisas estavam muito complicadas! Até tinha medo de ler o correio e o silêncio tornou-se atroz, mas quando a Madu foi transplantada, todos ficámos maravilhados porque tinha-se repetido o milagre e a Luciane percebeu como ninguém, tudo o que escrevi e como o senti!
Há dias e a propósito desta quarta edição a  Luciane mandou-me este mail:
"Vocês foram a força que eu precisava e tenho certeza que o Vitinho e a Madu são especiais e nós, os pais, fomos abençoados com a oportunidade de evoluir e repensar a vida. Hoje não tenho medo de perder a Madu, tinha medo de não ter tempo de dar a ela a chance de fazer o transplante, hoje vivemos intensamente cada sorriso, cada palavra, cada descoberta que ela faz. Se tenho a oportunidade de viajar, viajo, aproveito cada minuto como se fosse único. Devo isto ao seu livro pois sem a esperança que ele me proporcionou não sei se teria a mesma coragem que tive. Não lhe contei na época mas no dia em que a Madu entrou em coma e o transplante não pode ser feito os médicos se reuniram para me dizer que ela não iria sobreviver e precisaria fazer hemodiálise mas era muito difícil pois ela estava muito debilitada....neste dia eu me ajoelhei na frente de toda a equipe e pedi como nunca havia pedido nada na minha vida que salvassem minha filha mesmo que no fundo eu mesma (talvez por ser engenheira e muito realista) achasse que seria difícil a sua salvação. Acho que neste dia algo mudou em mim e no mundo a minha volta....os médicos tentaram a hemodiálise mas não conseguiram e ela foi entregue a Deus (...). Pois neste dia em que literalmente ela foi entregue a Deus um médico amigo da família levou a ela uma medalha de Nossa Senhora das Graças, rezou e saiu do quarto (eu não era e nem sou uma católica fervorosa mas passei a acreditar em milagres). Naquela noite ela parou de urinar sangue...no dia seguinte os médicos disseram que ela mordeu o tubo (ela estava entubada) e resolveram trocar a medicação....dois dias depois eles conseguiram fazer a hemodiálise, o transplante ocorreu e o resto você sabe: nossa Madu nunca precisou fazer hemodiálise após o transplante, recuperou-se bravamente e hoje é uma criança feliz e inteligente."
Termino este pequeno texto de homenagem à Madu e aos seus Pais, fazendo uma vénia ao Eduardo Alberto, primo da Madu, que na altura do transplante tinha apenas 23 anos e que se  ofereceu como dador-vivo (ou doador-vivo como se diz no Brasil). Não é fácil descrever em poucas palavras tudo o que envolve uma decisão destas e as barreiras que se têm de ultrapassar, nomeadamente os chamados "comitês de ética", etc, etc, etc! Boa Eduardo, grande Eduardo!!

Outros comentários:
É um livro que nos revela a nós os médicos, o outro lado do processo e que nem sempre compreendemos! Todos os  alunos de medicina deveriam lê-lo!
Prof. Linhares Furtado - por ocasião do lançamento do livro na FNAC - Coimbra. Primeiro cirurgião a realizar transplantes hepáticos pediátricos em Portugal, que criou o programa de transplantação pediátrico nos HUC e o criador da técnica dos transplantes sequenciais (vulgo dominó) em adultos.
O livro está bem escrito e é por isso de leitura muito agradável. Não tem pretensões de academismo literário. Não é uma escrita pretensiosa ou moralista. O texto brota quase espontaneamente do coração do Pai, com incisos da alma da Mãe.
Prof. Daniel Serrão - Professor Universitário, escritor, ...
Fiquei em lágrimas, página sim, página não. Acabei de conhecer uma família excepcional, fico feliz por isso. Vou continuar a ler, mas ainda bem que já sei que teve um final feliz.
Zilda Cardoso – Escritora

Espero sinceramente que este livro continue a tocar muitas pessoas e a vender muitos exemplares, para que outras crianças e outros jovens sejam apoiados na sua luta pela vida!”

Laurinda Alves – Jornalista/Escritora
 
Depressa o devorei dado o interesse do tema e a forma cativante como está escrito e ilustrado – um impressionante testemunho de luta pela vida com Amor, Sofrimento e sempre com Fé. É o retrato de muitas vivências de doentes (hepáticos, renais e cardíacos) e seus familiares, por mim partilhada ao longo do meu percurso profissional nesta área. Os tais “SOS” de que fala, fazem-nos sofrer demasiado… O lutar pelo “Anónimo” cuja vida depende de um órgão, tem sido percurso nem sempre fácil, que envolve trabalho e sofrimento, mas compensador. Exemplos como o vosso, incentivam-nos a prosseguir esta luta, mesmo em momentos que nos apetece desistir… Obrigado pela força que nos conseguem transmitir e com que nos sentimos recompensados. Obrigado pelo vosso excelente contributo para a causa da Doação/Transplantação do nosso País. Será sobretudo uma ajuda preciosa para familiares e doentes em situação similar.
Parabéns pela vossa coragem nos vossos depoimentos vestidos de tanta riqueza humana, pela vossa solidariedade, enfim pela “Grande Família” que são.
Que Deus vos ajude e compense pelo bem que fazem para com o próximo.
Com um abraço amigo.

Ana Maria Calvão Silva - Responsável pelo Gabinete Coordenação Colheita Orgãos e Transplante dos Hospitais Universidade Coimbra
Ainda sinto aquela pressão no peito, o estrangular na garganta e lágrimas teimosas nos olhos. A coragem de exporem as vossa feridas, o vosso íntimo, é notável. Vai, concerteza, ser útil a todos os que esperam transplante, agora e no futuro. Vai também, despertar consciências. Transmitirá também, aos profissionais de saúde que ainda não têm essa sensibilidade, o que vai na alma dos pais das crianças doentes. É um livro de linguagem clara e precisa, que transmite muita emoção e sofrimento.  E a descrição é de tal maneira real e sensível, que parece que a “história” é a de cada um de nós.
A ilustração da Inês é verdadeiramente fantástica!
Obrigada por partilharem, e pela coragem de tornar pública, a vossa vivência
Tereza Larisch - (Mãe de uma criança transplantada)
Pela sua leitura compreendi que é um homem com uma enorme força interior e que acredita que quando desejamos algo fortemente, e principalmente com muita dedicação, esse algo acaba por acontecer. Talvez não logo quando o desejamos, mas, mais cedo ou mais tarde, o que tem de acontecer, acontece.
Os meus votos das mais bonitas realizações para si e para toda a sua família e principalmente os meus desejos de que o seu Vitinho continue de boa saúde.
Luís Portela  - Presidente BIAL
Escrevo-lhe este e-mail após ter lido o seu livro “Lutar até Viver”. Começo por me identificar: Alfredo Mota, Director do Serviço de Urologia e Transplantação Renal dos Hospitais de Universidade de Coimbra, cargo no qual sucedi ao Prof. Linhares Furtado, em 2003, que acompanhei desde o inicio do nosso programa de transplante renal em 1980, e com o qual colaborei nos primeiros transplantes hepáticos. Gostaria de lhe transmitir a minha mais profunda admiração pela batalha que a família Martins travou pelo seu filho o Vitinho, verdadeiro herói de toda esta saga e que tão bem retratada é neste seu livro. O vosso testemunho real e vivido com tanto amor e fé deve ser divulgado porque constitui uma verdadeira lição. O vosso testemunho é de grande importância porque nos traz a visão de pessoas fora da área da medicina que sentiram e viveram esta problemática. É dar a conhecer uma realidade que poucos conhecem. Por exemplo, se tivessem lido o seu livro, provavelmente os pais de um jovem de 15 anos falecido nos HUC, no mês passado, devido a acidente, não teriam violentamente recusado a colheita dos órgãos do seu filho para transplante. Este triste episódio permite-nos apercebermo-nos da complexidade de algumas destas situações, do seu melindre e das difíceis condições em que por vezes é necessário decidir, porque estão vidas em jogo. Longa e feliz vida para o Vitinho, que com grande probabilidade dentro de alguns anos, adquirida a tolerância ao enxerto, dispensará os medicamentos imunossupressores e deixará de ser um doente crónico. Para os pais e irmãs, alicerces fortes dessa família, muita saúde e muitas felicidades.  Os valores, as convicções e a fé são um património dos felizes por isso julgo que a sua Ligia é uma pessoa feliz, como o demonstraram as lágrimas que verteu na peregrinação a Fátima. Obviamente que o marido que tem uma mulher assim também o é de certeza.
Envio à família Martins o testemunho comovido da minha admiração
Alfredo Mota  - Responsável pelo Serviço de Urologia e Transplantação Renal dos HUC

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

TSF Grande Reportagem - "nascer outra vez"

A TSF irá emitir na próxima 5ª feira dia 03/10 uma reportagem com crianças transplantadas de várias patologias, sendo uma delas o Vitor Alexandre. O programa será repetido noutros dias, ocorrendo a primeira repetição no Domingo às 12:10.

Trata-se de outra forma de ver a transplantação, uma forma positiva, porque normalmente os transplantes pediátricos só são notícia quando as coisas correm mal!! Neste caso, nós na Hepaturix estamos verdadeiramente agradecidos à Noémia Malva Novais por mostrar este mundo maravilhoso da vida que nasce no aproveitamento de um órgão que ... não foi enterrado!

No Brasil, no dia 27/09 celebrou-se "o dia do dador de órgãos e tecidos" e realmente fiquei impressionado com a dinâmica que as redes sociais têm nesta matéria. Uma das frases que retive foi esta da Isaura Nedochetko da Silva:

 
BOM DIA MEMBROS DO NOSSO GRUPO.
Enterrar orgãos saudáveis é como enterrar algo muito valioso.
Não enterre orgãos, transplante-os.
No cemitério eles não servem pra nada
Transplantados, salvam vidas


Esta reportagem da TSF, mostra-nos esta grande verdade, um órgão é demasiado precioso para ser desperdiçado, enterrando-o!! As vidas destas crianças, de muitas outras crianças, de jovens e de milhares de adultos dependem de não se deitar fora estes bens preciosos.

Concluo este 'post' citando novamente a Isaura que reproduz uma determinada publicidade - "não pense na doação de órgãos como oferecer uma parte de você pare que um desconhecido possa viver. Na realidade é um desconhecido que oferece seu corpo para que parte de você continue vivendo".
Acresce referir que esta publicidade no Brasil tem toda a lógica, pois lá ao contrário de cá, não existe a RENNDA, ou 'registo de não dador'. Cá em Portugal quem não quer ser dador é que tem de o declarar, no Brasil é ao contrário, embora nos casos dos "dadores-vivos" a lei brasileira seja mais liberal.

Para quem nos lê no Brasil e não conhece a TSF, trata-se de uma das principais rádios portuguesas.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Lutar até Viver - Livraria Cultura

Quando recebi a indicação da "Chiado Editora", a informar que o Lutar até Viver estava cadastrado na "Saraiva", nem me apercebi que no mesmo mail também se indicava a "Livraria Cultura"!

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=42124593&sid=19624115315917672327840381

Fica aqui a correcção!

Na Saraiva recordo que o link é:

 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Finalmente chegámos ao BRASIL!

Estou a preparar a 4ª edição que vai ser ligeiramente melhorada com alguns comentários e críticas e com um caso que me tocou profundamente, que foi o caso da Madu que me mostrou a importância que o meu livro pode ter em determinadas situações "limite"! A distancia entre Portugal e o Brasil criou-nos um problema desesperante, mas o livro acabou por lá chegar depois de algumas peripécias!

Eis o link:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3687468

E já agora um vídeo da TV para quem não nos conhece e quiser conhecer um pouco melhor "a história"...

http://videos.sapo.pt/lzsJmBgGQZ3lL6g4P3FP

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Boas notícias! E vem aí a quarta edição!!

Se tudo correr bem, desta vez chegará ao Brasil!

Esta quarta edição irá ser diferente! A sugestão é renovar o livro, actualizá-lo, meter alguns dos comentários que me foram chegando e dar um novo visual.

O texto é sagrado, não será mexido, mas irão haver algumas pequenas melhorias!

Vou começar a trabalhar o novo livro já esta próxima semana...

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Entrevista Generali 2012 / Luis Ferraz Corretores



 
Quando é que iniciou a sua actividade na área seguradora? Iniciei em 1990 na PFA (Preservatrice Fonciére Assurances) e entrei na Generali (Aveiro) no dia 13/05/1992, ou seja, estou quase a fazer 20 anos de Generali! Que razões o levaram a dedicar-se à mediação de seguros? Foi a implementação do projecto “Agente Principal” por parte da Companhia, porque achei-o muito interessante e por essa razão pedi ao Sr. José Alves para me deixar trocar o lugar de técnico-comercial pelo de Agente.

 
De que forma caracteriza o suporte da Generali à sua rede de mediação? Nem tudo é perfeito, a Generali também tem algumas fragilidades, mas quanto mais conheço as restantes seguradoras mais gosto da Generali!! Já o digo há vários anos e continuo cada vez mais convencido disso mesmo! O que mais lhe agrada na sua relação comercial com a Generali? É a proximidade entre todos, é fácil chegar a qualquer pessoa em qualquer situação e em qualquer momento! Desde o Rogério, ao Orlando, ao próprio Dr. Santi, todos estão sempre disponíveis, tal qual o Nuno Portovedo que é quem dá assistência ao N/ escritório. No caso específico da Administração da Generali, convenhamos que não é muito comum esta proximidade entre o Delegado Geral e o Mediador, esta afabilidade que se mantém desde os tempos do Sr. Alves, foi uma saudável herança que o Dr. Santi Cianci soube preservar.

 
Tem algum produto Generali de eleição? Sim, o Vida Inteira. Porquê? É um produto espectacular seja qual for a perspectiva que o analise! Todos ganham com a sua subscrição, o Segurado contrata um excelente seguro, o Agente ganha uma generosa comissão e a Companhia fica com uma carteira de qualidade.


No que respeita à sua carteira acha que esta tem o equilíbrio desejado? Penso que sim. Acabei o ano com 40% de ramo automóvel e sempre que se fala em equilíbrio, pensamos no excesso de Automóvel e nessa perspectiva, tendo em atenção que tenho uma grande componente de Danos Próprios parece-me que não temos automóveis a mais, talvez até tenhamos de incrementar a subscrição deste ramo específico.


Qual a percepção que tem quanto à imagem da Generali na sua zona? Bastante boa e não me estou a referir exclusivamente à cidade de Ovar, porque a N/ carteira situa-se em grande parte na região do grande Porto.


Participou em algumas das viagens de vencedores do concurso de produção e foi um dos vencedores do Concurso de 2011, com destino aos E.U.A e Canadá. Como vê estes incentivos e que balanço fez das viagens? Sou franco, fui a India/Goa como “outsider”, depois sucedeu-se, Israel, Jordânia e Moçambique/África do Sul … e já passei a ser visto como um “habitué”! Agora ao saber que também ganhei a viagem aos EUA e Canadá, só posso ficar agradecido, pois as viagens têm sido espectaculares e as mesmas ajudam a criar uma cumplicidade e um espirito de grupo “fora de série”. Só passei a valorizar estas viagens depois de as ter ganho e por essa razão, vejo-as agora como um excelente incentivo, uma forte motivação para fazer mais e melhor.


Como vê a internet ao serviço dos agentes? O que pode ser optimizado nesta colaboração? Conheço várias plataformas de diversas seguradoras e aquela onde me sinto mais à vontade é a da Generali, contudo existem coisas a melhorar. Por exemplo, a informação disponível na consulta dos processos de sinistro tem de ser diferente e isto é urgente! Há pequenas coisas que poderiam ser aperfeiçoadas, por exemplo, com um simples clique deveríamos conseguir emitir uma nova apólice que reproduzisse outra já anulada, ou então chegar ao final do certificado provisório e ao aprová-lo, aparecer logo o PDF…


Enquanto Mediador e Agente Principal Generali, quais os aspectos que considera mais importantes e fundamentais para a satisfação dos clientes? Simpatia e competência. Mesmo quando as coisas estão difíceis, se formos competentes e conseguirmos mostrar um sorriso, tudo se torna mais fácil!


Como avalia o seu desempenho no último ano? Teria sido um ano brilhante se não fossem as “não renovações”, aliás os últimos três anos foram francamente bons e com pouca sinistralidade, embora aqui as reservas nos causem alguns calafrios, de vez em quando! Numa perspectiva de melhoria continua, quais os aspectos que considera que poderiam ser melhorados? Essencialmente a prospecção, pois perco-me com papéis e deixei de ter tempo para fazer prospecção e são os seguros novos que nos fazem crescer!

 
Quais são os principais desafios da Vítor Raimundo Martins para os próximos anos? Brevemente passarei a ser “Maxigur – Mediação de Seguros Lda”, por força da fusão do meu escritório com o do Sr. Rui Maio. Ambos fomos colegas na Generali Aveiro e agora com a fusão e manutenção dos dois escritórios (Águeda e Ovar), esperamos optimizar melhor os N/ recursos e conseguir crescer bastante mais!


Qual a mensagem que gostaria de deixar para os Agentes Generali? Que é um orgulho e uma honra fazer parte desta ‘família’ e para se vencer tempos difíceis, contem com a força do Leão!


Como o tempo passa! Esta entrevista foi-me feita antes da viagem aos EUA do ano passado e nessa viagem recebi este prémio da Generali, o "Leão-Alado" a distinção máxima da Generali Portugal.

Depois disto já fomos a Moscovo/São Petersburgo e agora sou o responsável da "Luis Ferraz Corretores de Seguros" ( www.luisferraz-seguros.pt ) !!

Espero sinceramente conseguir honrar a memória do Sr. Ferraz!! O Sr. Ferraz era o responsável máximo da PFA Portugal e foi ele que me convidou a trocar o Crédit Lyonnais Portugal pela PFA e por isso a ele devo o meu ingresso na actividade seguradora!

Agora que assumi funções plenas na sua empresa e o facto de tal ter acontecido por força do seu recente falecimento, deixa-me triste!! Seria um desafio fantástico se o Sr. Ferraz estivesse vivo, desta forma não posso deixar de ficar embaraçado com tudo o que aconteceu e com este desfecho!

Espero sinceramente conseguir continuar este projecto e honrar o seu nome por muitos e bons anos!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O sonho que continuamos a viver


Perto da 18:30 avisaram-nos que o Vitinho estava prestes

a subir e começámos a ver uma maior movimentação, os minutos

pareciam horas e o nosso filho nunca mais aparecia até que se

abriu a porta do elevador e lá estava ele, o nosso herói! A

fotografia não era propriamente entusiasmante, à excepção dos

semblantes alegres dos que o acompanham e do próprio Dr.

Emanuel que nos fez um rasgado sorriso e nos olhou bem nos
 

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olhos, com confiança e como se deve fazer, frontalmente, até

nos chegar à alma! Não precisou de falar, porque os olhos

disseram-nos tudo, o Vitinho coitadinho, tinha tubos enfiados

por todos os lados, nas narinas, na boca, em ambos os lados do

abdómen, nos braços, enfim, era um bébé pequenino no meio de

uma gigantesca parafernália de maquinetas, tubos, fios, alarmes,

etc, etc, etc.

Apetecia pegar-lhe e acarinhá-lo, mas ele estava sedado e

todo aquele aparato de equipamentos inviabilizava-o.

Permitiram-nos acompanhar o nosso filho até à U.C.I. e lá

pudemos assistir ao cuidado e ao carinho de todos os que o iam

tratando. Todos queriam retocar um tubo, verificar aquela

medida, conferir as gotas do soro, olhar bem para o oxímetro, ver

o batimento cardíaco, etc. Todos os que se debruçavam sobre o

nosso filho, olhavam-no com admiração e se nós os pais lá não

estivessemos, talvez se atrevessem mesmo a beijá-lo, porque o

calor que emanavam dos corações era por demais evidente.

O Vitinho sentiu isso, sentiu a força que todos nós lhe

demos e agarrou-se à vida e lutou por ela até ao auge das suas

forças.

Nos filmes animados de contos de fadas, assistimos

normalmente à transformação dos personagens com cores belas,

suaves, efeitos de luzes, o brilho do pó das estrelas e uma

qualquer varinha de condão que nos vai mostrando a magia do

sonho que nos encanta a imaginação.

Era esse o sonho que estávamos a viver, o nosso filho

estava calmamente a descer das estrelas e a regressar para o

nosso seio abençoado por uma fada celestial, muito bonita e

sorridente e que nos entregava a sua mão, com o respeito no

olhar, num olhar que nos dizia que o tínhamos merecido!

O Dia do Transplante 26/07/2004


CAPÍTULO VI

O DIA DO TRANSPLANTE

 
Carta a DEUS – 1

 
Bom dia Deus,

Sei o quanto andas ocupado com a turbulência dos

homens, mas por favor escuta, olha para este ser pequenino que

criaste à tua imagem, vê como sofre e opera o teu milagre. Sei

que te peço muito DEUS, mas sabes o quanto ele é importante

para nós e o que tem ainda para nos ensinar.

Ilumina as mãos dos homens e traz-lhe a saúde que tanto

precisa.

Obrigado Deus por me escutares, estou mais atenta e agora

sei o quanto andava distraída das coisas importantes da vida.

Obrigado Deus

Lígia,

Hospital Pediátrico

 
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No dia 23 ou 24 de Julho de 2004, não sei precisar, ficou decidido que o “transplante com dador vivo” seria feito na semana seguinte, em dia ainda a confirmar. No Domingo, dia 25/07/2004, ao principio da noite, estávamos numa amena cavaqueira com uma enfermeira, isto já com o Vitinho e a Lígia no inicio dos preparativos, quando outra enfermeira entrou, olhou-nos timidamente e chamou a colega. Ambas comunicaram-nos ‘cautelosamente’ para estarmos preparados, porque “parecia” que havia um dador compatível!,Nesse momento, algo aconteceu que mexeu com as nossas emoções, ficámos em meditação e a Dra. Isabel veio conversar connosco! Eu fiquei mudo, sem reacção, e a Lígia ficou muito emocionada porque, agora que as coisas já estavam programadas, ela queria continuar a ser a dadora, mas obviamente que tal já não seria possível! Primeiro porque, só se é dadora uma vez na vida e assim ela ficaria disponivel para outra altura se tal se viesse a mostrar necessário, depois porque qualquer cirurgia envolveria riscos e o facto de termos mais duas filhas inibia-nos sequer de questionar a decisão. Aliás dadas as características do dador, que por respeito da sua memória não as descrevo, seria absurdo não aceitar esse fígado, e mesmo que o fizessemos, garantidamente que ninguém nos ouviria! Para além de tudo isto, também eu me opunha, dadas as circunstancias, obviamente, seria uma idiotice colocar a vida da Lígia em perigo! Mas a reacção da Lígia era natural e compreensível! Ela sentia-se um pouco responsável pela insuficiência do Vitinho e por isso, se a medicina permitia corrigir “o erro”, então parecia-lhe imperioso que fosse ela a fazê-lo!

O dia que estávamos quase a iniciar seria sem sombra de dúvidas o dia mais longo das nossas vidas. As horas passavam muito lentamente e nesse dia o Hospital Pediátrico estava estranhamente calmo! Entretanto juntou-se novamente a nós a Ana Paula que fez questão de nos acompanhar nessa fase mais crítica. Cerca das 2:00 chamaram a ambulância que iria levar a


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Lígia e o Vitinho do Pediátrico até aos H.U.C. Acompanhei-os de carro, mais a Ana Paula e na ambulância, acompanhou-os a Enfermeira Helena que dificilmente conseguia suster as lágrimas. Nos H.U.C. a tensão era evidente e fomos conduzidos ao “bloco”. A contrastar esse sentimento, uma cara simpática e sorridente recebeu-nos e perguntou-nos se um de nós queria acompanhar o Vitinho lá dentro. A Lígia entrou e ao vê-los entrar, senti o meu coração apertar, apertar, apertar… quase parecia que estávamos a pairar sobre um precipicio que nos sugava para o infinito. Fiquei eu e a Ana Paula naquele sítio frio, desagradável e esperámos o regresso da Lígia. Um bom pedaço depois ouvimos umas portas a bater, um estrondo, um som metálico e de repente apareceu-nos uma maca com um corpo todo coberto por um lençol. Gelámos, eu e a Ana Paula, aquele corpo era o corpo do dador. Fiquei sem palavras e olhei com respeito para o vulto desse alguém! O vazio da morte na esperança da vida, lágrimas que correm com fundamentos opostos, nas nossas faces e nas dos seus entes-queridos!