sábado, 31 de julho de 2010

Olá!

E acabaram as férias!

Logo agora quando quase todos estão a iniciá-las!!

Enfim, vamos lá ganhar coragem para vencer esta guerra psicológica que se avizinha...

Fomos de férias e esquecemo-nos da "banana" da Net e por azar o hotel não tinha Wi-Fi, coisa rara!! Mas, talvez até tenha sido bom, pois, depois de conseguirmos quebrar o período de carência, nem nos lembrava-mos que isso existia!

Hoje estou cansado e fico por aqui, mas depressa voltarei ao Blog.

Abraços,

terça-feira, 13 de julho de 2010

"Lutar até Viver" e os Açores

A partir de Sábado o nosso livro também estará disponível nos Açores, na

Livraria Solmar
Av Infante D. Henrique,
C.C. Solmar, nº 7
9504-529 Ponta Delgada

sábado, 10 de julho de 2010

Outra reacção que guardaremos no coração!

Caros amigos Lígia, Vitor, Vitinho, Inês e Patrícia

O porquê destas palavras que vos envio?
O porquê de só agora?
No dia 28/11/2009 lançaram na Fnac em Coimbra, o vosso livro intitulado “Lutar até Viver”.
Estive presente no início, mas (…) impediu-me de assistir até ao fim como gostaria.
Comprei só dois livros!
O stress habitual inerente a uma viagem de avião (…) levaram-me a esquecer o livro no carro.
Com o regresso do período de férias, chega a azáfama profissional e familiar. O livro ficou esquecido.
O Natal chegou rapidamente. Achei que seria a prenda ideal para 2 amigos (…).
Enfim … fiquei sem livro para ler cujo título e tema me despertavam tanta curiosidade!!
Surpresa e tristeza quando tentei comprar e já não havia!
Felizmente em 18/02/2010, dia do lançamento do livro do Sr. Prof. Linhares Furtado, consegui finalmente comprar alguns exemplares.
Guardei-os! Quando os quis ler não encontrei.
Chega a Semana-Santa. (…) Ao procurar algo para ler, encontrei o livro que há tanto ansiava ler! Que coincidência! Uma semana tão simbólica para nós católicos.
Depressa o devorei dado o interesse do tema e a forma cativante como está escrito e ilustrado – um impressionante testemunho de luta pela vida com Amor, Sofrimento e sempre com Fé.
É o retrato de muitas vivências de doentes (hepáticos, renais e cardíacos) e seus familiares, por mim partilhada ao longo do meu percurso profissional nesta área. Os tais “SOS” de que fala, fazem-nos sofrer demasiado…
O lutar pelo “Anónimo” cuja vida depende de um órgão, tem sido percurso nem sempre fácil, que envolve trabalho e sofrimento, mas compensador. Exemplos como o vosso, incentivam-nos a prosseguir esta luta, mesmo em momentos que nos apetece desistir…
Obrigado pela força que nos conseguem transmitir e com que nos sentimos recompensados.
Obrigado pelo vosso excelente contributo para a causa da Doação/Transplantação do nosso País. Será sobretudo uma ajuda preciosa para familiares e doentes em situação similar.
Parabéns pela vossa coragem nos vossos depoimentos vestidos de tanta riqueza humana, pela vossa solidariedade, enfim pela “Grande Familia” que são.
Que Deus vos ajude e compense pelo bem que fazem para com o próximo.

Com um abraço amigo,
Ana Maria Calvão Silva

Coimbra, 06/04/2010
Responsável pelo Gabinete Coordenação Colheita Orgãos e Transplante dos HUC

Hoje decidi publicar esta carta e espero que a Dra. Ana Maria Calvão não me leve a mal por isso. Apenas omiti aquilo que me pareceu um pouco mais pessoal e que não releva para o objectivo que norteou esta decisão. Da mesma forma que a Dra. Ana Maria se sentiu recompensada ao ler o nosso livro, nós ficámos orgulhosos por termos merecido estas palavras! Obrigado.

domingo, 4 de julho de 2010

Formentera - 2006

Eivissa - Cala Vadella



Mais outra praia fabulosa. Na contracapa do "Lutar até Viver" tem uma foto da Patrícia e do Alex. Essa foto foi tirada precisamente no bar/restaurante da parte direita da praia (seria à esquerda na foto, mas está tapado pela vegetação).

Férias - Ibiza



E está-se a aproximar o dia da partida! Mais uma vez o destino é o mesmo, Ibiza. Este ano estávamos para fazer umas férias diferentes, mas quando chegou a "hora da verdade" ... não tivemos coragem de mudar e todos, sem excepção, concordámos que teriamos de ir ao sitio do costume! Curiosamente vamos para o Hotel das primeiras férias, o Sol s'Argamassa. A ideia é mesmo esta, vamos despedir-nos e tentar estar uns anos sem ir! Vamos fazer o percurso Ovar/Toledo e depois no dia seguinte, Toledo/Denia/Ibiza. No dia 31/07 regressaremos até Salamanca e depois Salamanca/Ovar. Realmente o N/ envolvimento com a ilha já começa a ultrapassar o do mero turista, pois temos de ir dizer olá a um amigo que tem casa de férias, temos de ir cumprimentar o José Luis a Cala Vadella, temos de ir ao Galinheiro, a S. José, cuja proprietária já nos conhece há uns anos, etc, etc.

A foto em cima é de uma das N/ praias favoritas - Cala Tarida.

sábado, 3 de julho de 2010

Daniel Serrão - Apresentação em Ovar do "Lutar até Viver"

Lutar até Viver de Vitor Raimundo Martins

Primeiro a questão do género. Não é um romance. Não é uma narrativa ficcionada.
É um depoimento pessoal:
- rigoroso, na apresentação dos factos;
- corajoso, nas críticas a pessoas e instituições;
- sensível e sofrido, com forte carga emocional;
- delicado no tratamento do tema da transcendência.
Do que trata – da realidade da vida e do mistério da morte, de uma criança que nasce com grave doença hepática que a levará á morte; de uns pais que não desistem nunca de a salvar da morte anunciada; de duas irmãs que “amam o seu irmão pequenino e não o querem perder”; das dificuldades de os médicos e os hospitais lidarem com a doença da criança e com o sofrimento dos Pais; de terem chegado a um porto seguro no serviço de transplantação hepática dos Hospitais de Coimbra onde o único tratamento possível foi efectuado – a transplantação de um fígado. De tudo isto trata este livro e o prefácio do Dr. Emanuel, o cirurgião que executou o acto, explica-o bem.
O livro está bem escrito e é por isso de leitura muito agradável. Não tem pretensões de academismo literário. Não é uma escrita pretensiosa ou moralista. O texto brota quase espontaneamente do coração do Pai, com incisos da alma da Mãe Lígia, que não hesita em escrever uma primeira carta a Deus, pondo-O ao corrente do que se está a passar com o seu filho Vitor, como diz, um “ser pequenino que criaste à tua imagem”. E pede com simplicidade que faça o milagre de o salvar da ameaça mortal da doença hepática e metabólica.
Depois de ter sido feita a transplantação de dador morto, a poucas horas de ser colhida parte do fígado da mãe, ela escreve uma segunda carta que vos vou ler:

- Bom dia Deus,
Hoje a aurora trazia uma luz diferente, com uma luminosidade quase celestial, era o teu olhar Deus, tenho a certeza. Olhei pela janela e os pássaros que voavam celebravam a tua luz. Continuo a louvar-te, sei que iluminaste as mãos dos homens e deste a tua mão ao meu pequenino para que se mantivesse forte. Obrigado Deus por me teres ouvido, estou contigo no meu coração e a cada hora a Tua presença traz-me alento.
Obrigado Deus.

Duas palavras aqui se justificam sobre o que se chama milagre. Não é uma subversão da natureza, tornar branco o que é negro para espanto dos incautos. O milagre é a aceitação da presença na auto consciência individual de uma transcendência sem nome, sem matéria e sem tempo. O milagre, como diz o autor foi construído pelas mãos dos profissionais. Para a Lígia essas mãos humanas e casuais foram guiadas para serem perfeitas pela acção invisível e indemonstrável da transcendência a que chamam Deus, mas que, na verdade, não tem nome nem é material.
Fechado este parêntesis direi mais que o livro narra as dificuldades do diagnóstico de uma doença rara, as hesitações médicas sobre o melhor tratamento e a dificuldade em encontrar um profissional que liderasse a salvação da criança como responsabilidade sua. Quando o Serviço de Transplantação Pediátrica de Coimbra com a liderança do dr. Emanuel Furtado assumiu o Vitor tudo se simplificou, gerou nos pais a confiança numa competência e sustentou a esperança.

Este desfecho feliz leva-nos a exigir que esta seja a regra e não a excepção.

Daniel Serrão

Nota: este texto reproduz exactamente as notas manuscritas que o Sr. Professor teve a amabilidade de me oferecer no final. As aspas (parte das irmãs) estava por completar e citei de memória.
O Sr. Professor concluiu falando um pouco do Sr. Professor Linhares Furtado e da forma com o conheceu ainda jovem. A última nota no rascunho é “o Professor Linhares Furtado consumiu a sua vida profissional de exímio cirurgião a lutar contra desinteresses e rotinas. Escreveu um livro corajoso que merece ser lido…”.
O resto é difícil de citar de memória, pois tenho receio de trair o espírito e a letra do verdadeiro discurso.