quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Página 110

Quem passa por uma experiência como a nossa sabe qual é o valor relativo das coisas. Se nos faltar o dinheiro, se nos faltarem os bens materiais, temo-nos pelo menos a nós próprios, temos os nossos sentimentos, os nossos amores, os nossos tesouros, que são as nossas vidas e as vidas dos nossos filhos. Unidos, podemos viver de muito pouco e então, se olharmos para os pobres verdadeiramente pobres dos arredores de Mumbai, ou daquelas aldeolas fora dos roteiros turísticos que descem o Nilo entre Assuão e Luxor no Egipto, então percebemos, que o nosso patamar mais baixo, é inalcançável para toda essa pobre gente. Temos realmente de nos dar por muito felizes por termos nascido em Portugal.
Por tudo isto digo e repito que qualquer buraco orçamental é bem-vindo se a sua razão for a nossa saúde! As nossas vidas não têm preço, logo temos de gastar para as salvar tudo o que temos e tudo o que não temos! Tudo é correcto se o dinheiro for bem gasto e se as gestões hospitalares forem competentes! Todas as localidades deveriam ter urgências, todas deveriam ter serviços médicos condignos, até na mais recôndita aldeia deveriam haver formas de acudir imediatamente às populações. Uma vida não tem preço, então gaste-se o que se gastar, é irrelevante!

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