segunda-feira, 18 de abril de 2011

The End

Quando somos adolescentes, somos sempre um pouco inconscientes, não o digo num sentido negativo, mas antes de uma forma carinhosa… ! Quando ouvíamos esta música dos DOORS, ficávamos fascinados com o declamar do Jim Morrison e entrávamos naquele delírio que o possuía, mas não tínhamos uma real noção de fim, pois íamos ao sabor até á música seguinte, até ao dia seguinte e como o sol depois brilhava sempre, tudo o resto desaparecia.
Hoje, volvidos estes anos e não obstante ter escrito um livro que é um hino à esperança, percebo que o fim tem um lado muito negro, muito complexo e cheio de fantasmas!

O meu Pai aproxima-se do fim e a fase final da sua vida leva-nos para um precipício obscuro!

Vai-se destruindo a imagem e a memória que tínhamos dele, lentamente, como um cancro que apenas devora a mente e o espírito!!

O meu Pai tem “uma espécie” de Alzheimer e Parkinson e confesso que não consigo perceber se o que o que lhe destrói a mente e o corpo são as duas doenças, ou se pelo contrário, o problema estará na tentativa de as curar, pois as drogas que ele toma são um verdadeiro cocktail esquizofrénico!

Estamos na Páscoa.

Quem leu o Novo Testamento, sabe que somos logo levados para a vida de Jesus Cristo e como José, em sonhos percebeu que apesar da morte de Herodes não poderia levar o “seu filho” para Jerusalém, por isso foi para Nazaré. Desde esse momento percebemos que Jesus tem em Jerusalém a sua meta final, mas até a atingir, vai arrastando multidões atrás dos seus milagres!

Quando o Alexandre foi transplantado, o facto do Dr. Emanuel se chamar Emanuel (Deus em nós, ou no meio de nós, como se prefira…) teve uma forte influencia no N/ estado de espírito e um dia disse-o ao Dr. Emanuel e ele ficou visivelmente “tocado” com esse facto. O milagre deu-se, pelas mãos do Dr. Emanuel e por aqueles que o ajudaram a praticar o acto!

Como o meu Pai, muitos hoje precisam de um milagre!

Continuo a achar que esta crise que nos está a corroer a todos, é um disparate. Estamos possuídos pelo absurdo e já o referi no meu livro quando cito o exemplo dos pobres da Índia e do Egipto.


Pelo meu pai! Precisamos de milagres.

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