segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Salve algumas Vidas! Sim, eu estou a falar consigo!

O líder parlamentar do PSD, Dr. Aguiar Branco, há pouco tempo apareceu numa almoçarada de cogumelos silvestres e ouvimo-lo nas televisões deleitado com o desafio que se avizinhava e que iria vencer de faca e garfo! Todos nós temos caixas de paracetamol em casa, aos magotes!! Qualquer um de nós pode ter um brutal acidente de automóvel! Uma qualquer criança pode ter uma hepatite fulminante por causas inexplicáveis, ou então, envenenar-se com um qualquer produto tóxico guardado na despensa….

Enfim, estas são algumas das realidades do N/ dia a dia e que poderão desencadear a necessidade de um transplante hepático num espaço de tempo muito curto! No caso das crianças, o que é que vai ser necessário fazer num espaço de 16, 18 horas?!

A criança terá de ser levada para Coimbra, o bloco operatório terá de ser disponibilizado de imediato e vai ser necessário chamar as diversas equipas de médicos, pediatras, técnicos, cirurgiões, enfermeiros, auxiliares, etc, etc e colocar toda essa gente a postos para a complexa cirurgia que se vai desenrolar. Mas como estamos limitados no tempo, porque temos apenas algumas horas para salvar aquela vida, será necessário que ou o Pai, ou a Mãe, sejam dadores compatíveis e para tal, os pais, enquanto a criança agoniza, terão de fazer os testes de compatibilidade, a ressonância, uma tac, etc.

Se um deles for compatível e a anatomia do órgão permitir o transplante hepático, o dador irá sujeitar-se a uma operação complexa no bloco ao lado daquele onde estará o seu filho á espera do enxerto milagroso, em que o seu órgão vai ser dividido (bipartido) e da parte que lhe for extraída, será retirada apenas a porção necessária para o seu filho. Ou seja esse enxerto vai ser reduzido de forma microscópica e milimétrica, pois se esta intervenção for mal feita, comprometerá o êxito da operação principal.

Tudo isto, numa correria contra o tempo, em que várias dezenas de pessoas formam uma única equipa para salvar uma pequena vida! Imagine-se agora que o Dr. Emanuel Furtado estava em Paris num congresso médico e o Sr. Primeiro Ministro disponibilizou um avião da Força Aérea para o ir buscar no mais curto espaço de tempo.

Se esse avião, entre ir e vir, conseguir colocar o Dr. Emanuel em Coimbra em 4, 5 horas, essa criança, muito provavelmente conseguirá salvar-se!

No entanto se por ironia do destino, os aeroportos de Paris estiverem fechados por qualquer razão imprevista, por exemplo, condições climatéricas adversas, ameaça de atentados terroristas, etc, etc, etc, essa criança irá morrer.

Em Portugal só o Dr. Emanuel Furtado faz esta complexa intervenção cirúrgica. Para isso, ele é auxiliado por uma vasta equipa multidisciplinar que necessita de continuar o excelente trabalho que há 16 anos foi iniciado pelo Sr. Professor Alexandre Linhares Furtado. Esta equipa tem graves limitações em recursos humanos! Os médicos cirurgiões necessitam de transmitir os seus conhecimentos a mais médicos cirurgiões, o mesmo se diga dos anestesistas, dos intensivistas, dos pediatras, dos técnicos, etc, etc, etc. Ou seja, a “Escola de Coimbra” necessita que o Estado invista mais um pouco nela e que faça de vez a transferência dos transplantes dos HUC, para o Hospital Pediátrico.

O Dr. Emanuel não pode carregar a cruz eterna de tudo depender dele! Ele necessita de ser apoiado e de se sentir apoiado, todos queremos salvar essas pequenas vidas, mas com qualidade e com segurança! Nesta área não se pode improvisar, nem fazer as coisas ‘em cima do joelho’. Tudo tem de ser feito com precisão, com competência e com rigor.

O Vitor Alexandre teve a sorte de com ele, ter havido tempo. O mesmo se diga de todas as crianças que se salvaram!

Mas nem todas as crianças se salvaram….

Faça com que isto não volte a acontecer e divulgue a nossa mensagem!

Temos de “LUTAR ATÉ VIVER”.

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