sábado, 23 de novembro de 2024

Era uma vez uma Companhia de Seguros malvada – 4

Ora bem, depois do sucedido com a armadilha da promessa salarial não cumprida, o que acabou por acontecer foi uma “lenga lenga” interminável de promessas que nunca foram cumpridas para correcção do sucedido, até que em plena batalha, ou seja, quando me tinha tentado despedir, informam-me que a Companhia tinha mudado a estratégia para Portugal e iria implementar a criação de uns agentes de seguros especiais a que chamariam “Agentes Principais” e para eu aguardar para ver o que por aí viria! Voltei a acreditar que me iriam corrigir o que transitava do passado, agarrei-me a esse projecto com “unhas e dentes” na expectativa que as coisas fossem mesmo emendadas, porque seria necessário montar um escritório, fazer um acordo de rescisão amigável, etc, etc. No escritório a que estávamos ligados, nessa altura, três colegas dos sinistros estavam com a “espada de Dâmocles” por cima das cabeças porque os sinistros tinham sido centralizados em Lisboa. Como fomos três os que se ofereceram para deixar as funções comerciais e fazer esse acordo de “Agente Principal”, tudo acabou por correr bem, salvaram-se três postos de trabalho e eu acreditei que realmente seria essa a oportunidade das coisas serem corrigidas!
Recebi uma indemnização, recebi uma verba para montar o escritório com a imagem da Companhia, fiz um acordo de parceria com dois agentes que em mim confiavam, fui para o Fundo de Desemprego, isto em 2001 e comecei a preparar um projecto de criação do próprio emprego para receber o subsídio de uma única vez, até que no início de 2004 aparece a doença do meu filho recém-nascido, que sensivelmente 3 meses depois do nascimento, ficámos a saber que tinha uma doença hepática terminal, provocada por Déficit Alfa1 Antitripesina, Citomegalovirus e uma Doença do Ciclo da Ureia com intolerância total a Proteínas.

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