sábado, 16 de março de 2024

A propósito da Lei da Eutanásia - Troca de mensagens no LinkedIn

É suposto que ninguém aceite ou concorde ou instigue alguém a matar-se... Penalizar ou impedir ou negar o suicídio a alguém gravemente doente em estado de sofrimento atroz e sem qualquer viabilidade ou possibilidade de cura em tempo humanamente razoável pelas ciências médicas conhecidas não será uma heresia?...🤔😲🙏

Minha resposta:
Meu caro, a medicina tem resposta, aí é que está! Pode ser essa resposta questionável, mas existe resposta! O "tiro na nuca" como solução misericordiosa para o soldado estropiado que jaz em agonia no campo de batalha, pode ser um acto inevitável, digno e éticamente adequado, mas num país que deveria ter uma rede de cuidados paliativos funcional, tem de haver outra solução! Já morreram muitos bebés por falência hepática e o estado terminal de alguém que está com uma cirrose galopante é desesperada e em muitos países ficam preenchidos os pressupostos para que os pais requeiram a sua eutanásia! Quando se começou a fazer transplantes hepáticos com excertos de fígados de adulto que por vezes pesavam pouco mais de 100 gramas, a humanidade deu um passo fantástico e passou a haver uma solução, a "ultima ratio", que só era implementada quando tudo o resto tinha falhado e isto já acontece em Portugal há pouco mais de 20 anos, imagine, em pleno século XXI !! O meu filho tem 20 anos, está na universidade, felizmente é saudável e "renasceu" no dia 26/07/2004 quando num estado de saúde que não vou aqui descrever, foi entregue aos cuidados da Dra. Isabel Gonçalves e do Dr. Emanuel Furtado em Coimbra. Desistir nunca será a solução!

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